Fundamental, o essencial, o eficaz, o útil. Essas características são indispensáveis. É típico perceber essas na arquitetura de Mies, onde na maior parte de suas obras, sua arquitetura se expressa sempre nos detalhes.
Mies conseguia sustentar a simplicidade dos ambientes e a iluminação natural proporcionada pelos vidros, mas sempre se preocupando em proteger quem estava no interior da edificação.
Os espaços envidraçados são benéficos, pois produzem uma sensação de leveza e a claridade.
Sua área interna é desprovida de colunas, assim oferecendo um grande e proveitoso espaço para professores e alunos.
Se Mies não tivesse tomado os devidos cuidados com o conforto térmico que tomou no edifício como plantar árvores nas fachadas sul e oeste para diminuir a incidência de luz no verão, restaurar e automatizar as venezianas da fachada responsáveis pela ventilação natural, recuperar o sistema de aquecimento formado por uma tubulação embutida no chão, e usá-lo também para resfriamento, trocando a água quente por água fria, recuperar as persianas que permitem maior eficiência da luz natural, diminuindo o uso de luz artificial no estúdio, substituir as luminárias e lâmpadas por peças mais eficientes, no verão poderia se considerar uma estufa, com a entrada de luz e a pouca proteção do edifício com esquadrias de vidro, permitindo o acesso do calor sem saída do mesmo e no inverno, o sistema de aquecimento se tornaria caríssimo, pois os vidros deixam o frio passar e devido ao resfriamento o mesmo fica sem condições de visibilidade.
É visível perceber a influencia que esta e outras obras de Mies van der Rohe tiveram para a arquitetura moderna.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
A Casa da Cascata ou Casa Kaufmann (nome da família de seu primeiro proprietário) é considerada uma das mais famosas casas do mundo. Está localizada na Pensilvânia, Estados Unidos .
O edifício foi desenhado em 1934 pelo arquiteto Frank Lloyd Wright, considerado o introdutor da arquitetura moderna no seu país, e construída em 1936.
A sua principal característica é o fato de ter sido erguida parcialmente sobre uma pequena queda de água, usando os elementos naturais ali encontrados (como pedras, vegetação e a própria água) como parte da composição arquitetônica. Os muros de pedra remetem as rochas do local e criam uma atmosfera protegida, quase de caverna. Diferentemente do Crown Hall que destaca-se da paisagem na qual foi construído mostrando-se artificial (por não se confundir com a paisagem) e industrial.
Assim como várias outras obras de Wright, foi construída com materiais experimentais para a época. Formando com Le Corbusier, Mies Van Der Rohe e Gropius os vanguardistas dessa nova arquitetura.
A arquitetura moderna promoveu uma revolução na iluminação, visto que, até então, os ambientes eram pouco iluminados. Exemplos da explosão de luz na arquitetura moderna são encontrados em obras tanto de Mies Van Der Rohe, no Crown que durante o dia é complemente iluminado pela luz natural (exceto em sua porção subterrânea, que se dá através de luzes artificiais), já que a edificação pode ser comparada a uma caixa de vidro. Devido a isso, um dos materiais mais utilizados em ambas as construções foi o vidro permitindo, até, um menor gasto de energia.
O edifício foi desenhado em 1934 pelo arquiteto Frank Lloyd Wright, considerado o introdutor da arquitetura moderna no seu país, e construída em 1936.
A sua principal característica é o fato de ter sido erguida parcialmente sobre uma pequena queda de água, usando os elementos naturais ali encontrados (como pedras, vegetação e a própria água) como parte da composição arquitetônica. Os muros de pedra remetem as rochas do local e criam uma atmosfera protegida, quase de caverna. Diferentemente do Crown Hall que destaca-se da paisagem na qual foi construído mostrando-se artificial (por não se confundir com a paisagem) e industrial.
Assim como várias outras obras de Wright, foi construída com materiais experimentais para a época. Formando com Le Corbusier, Mies Van Der Rohe e Gropius os vanguardistas dessa nova arquitetura.
A arquitetura moderna promoveu uma revolução na iluminação, visto que, até então, os ambientes eram pouco iluminados. Exemplos da explosão de luz na arquitetura moderna são encontrados em obras tanto de Mies Van Der Rohe, no Crown que durante o dia é complemente iluminado pela luz natural (exceto em sua porção subterrânea, que se dá através de luzes artificiais), já que a edificação pode ser comparada a uma caixa de vidro. Devido a isso, um dos materiais mais utilizados em ambas as construções foi o vidro permitindo, até, um menor gasto de energia.
CROWN HALL E A VILLA SAVOYE: COMPARAÇÃO
A Villa Savoye é uma residência projetada na França pelo arquiteto, urbanista, designer, escritor e também pintor franco-suíço Le Corbusier em 1928.
É considerada um dos maiores ícones da arquitetura moderna no século XX.
Forma, juntamente com a residência Farnsworth (de Mies van der Rohe) e a Casa da Cascata (de Frank Lloyd Wright), o trio de residências modelo que servem para representar as diversas e diferentes tendências da arquitetura moderna originadas no início do século XX.
A residência é a representação física das idéias pregadas por Le Corbusier com relação à nova arquitetura que sugeria para um século que seria marcado pela máquina, pela razão e pelo progresso.
A Villa Savoye foi construída com base na idéia de que a casa é uma máquina de morar desenvolvida pelo próprio Le Corbusier.
Elementos usados para a construção da Residência Savoye:
1-Planta Livre: através de uma estrutura independente, permite a livre locação das paredes, já que estas não exercem mais a função estrutural;
2- Fachada Livre: igual à independência da estrutura, a fachada pode ser projetada sem impedimentos;
3- Pilotis: pilares que elevam o prédio do chão, que permitem o transito por debaixo do mesmo;
4- Terraço Jardim: recuperação do espaço ocupado pela edificação, transferindo-o para cima do prédio na forma de jardim;
5. Janelas em Banda: possibilita pela fachada livre permitem uma relação desimpedida com a paisagem.
O Crown Hall, apesar de algumas semelhanças, difere-se da obra de Le Corbusier: dos cinco elementos utilizados pelo Franco-Suíço, por exemplo, o Crown Halll se enquadra em apenas três: A Planta Livre, a fachada Livre e a Janela em Banda. E é contrário aos outros dois princípios: O Crown Hall não é construído em cima de estruturas que ficam ligadas ao solo elevando, assim, o edifício para que seja possível o trânsito por baixo da edificação. Todo o prédio do Crown Hall é inteiramente firmado e ligado ao chão (com exceção da escada frontal que possui uma leve elevação).
E não possui um terraço Jardim como era proposto por Le Corbusier.
Outra grande diferença entre as obras de Mies Van Der Rohe e Le Corbusier é que enquanto o último pensava em sólidos, o primeiro amava a transparência dos espaços. A prova disso é a obra em estudo que possui paredes que são, na verdade, enormes estruturas de vidro, ou seja, completamente transparente enquanto que a Villa Savoye apesar do jogo de cheios e vazios e das janelas em banda ainda é visto como um volume sólido. Além de o Crown Hall ser uma obra bastante racional e minimalista, onde ‘less is more’ voltada sempre para as necessidades do lugar.
É considerada um dos maiores ícones da arquitetura moderna no século XX.
Forma, juntamente com a residência Farnsworth (de Mies van der Rohe) e a Casa da Cascata (de Frank Lloyd Wright), o trio de residências modelo que servem para representar as diversas e diferentes tendências da arquitetura moderna originadas no início do século XX.
A residência é a representação física das idéias pregadas por Le Corbusier com relação à nova arquitetura que sugeria para um século que seria marcado pela máquina, pela razão e pelo progresso.
A Villa Savoye foi construída com base na idéia de que a casa é uma máquina de morar desenvolvida pelo próprio Le Corbusier.
Elementos usados para a construção da Residência Savoye:
1-Planta Livre: através de uma estrutura independente, permite a livre locação das paredes, já que estas não exercem mais a função estrutural;
2- Fachada Livre: igual à independência da estrutura, a fachada pode ser projetada sem impedimentos;
3- Pilotis: pilares que elevam o prédio do chão, que permitem o transito por debaixo do mesmo;
4- Terraço Jardim: recuperação do espaço ocupado pela edificação, transferindo-o para cima do prédio na forma de jardim;
5. Janelas em Banda: possibilita pela fachada livre permitem uma relação desimpedida com a paisagem.
O Crown Hall, apesar de algumas semelhanças, difere-se da obra de Le Corbusier: dos cinco elementos utilizados pelo Franco-Suíço, por exemplo, o Crown Halll se enquadra em apenas três: A Planta Livre, a fachada Livre e a Janela em Banda. E é contrário aos outros dois princípios: O Crown Hall não é construído em cima de estruturas que ficam ligadas ao solo elevando, assim, o edifício para que seja possível o trânsito por baixo da edificação. Todo o prédio do Crown Hall é inteiramente firmado e ligado ao chão (com exceção da escada frontal que possui uma leve elevação).
E não possui um terraço Jardim como era proposto por Le Corbusier.
Outra grande diferença entre as obras de Mies Van Der Rohe e Le Corbusier é que enquanto o último pensava em sólidos, o primeiro amava a transparência dos espaços. A prova disso é a obra em estudo que possui paredes que são, na verdade, enormes estruturas de vidro, ou seja, completamente transparente enquanto que a Villa Savoye apesar do jogo de cheios e vazios e das janelas em banda ainda é visto como um volume sólido. Além de o Crown Hall ser uma obra bastante racional e minimalista, onde ‘less is more’ voltada sempre para as necessidades do lugar.
Crown Hall e a Residência Farnsworth: Comparação
Uma das casas mais famosas no mundo, a residência Farnsworth (como é conhecida, devido ao seu primeiro proprietário), também chamada por alguns como a casa de vidro de Mies van der Rohe, está localizada na cidade de Plano, Illinois, nos EUA e foi construída entre 1946 e 1951. Nela ele pôde aplicar uma série de conceitos nos quais estava trabalhando em toda a sua carreira.
As principais características do projeto, são a transparência (resultado do intenso uso da vedação em vidro), a fluidez dos espaços e a aparentemente inexistente conexão público-privado. Características essas que podem confundir-se facilmente com as do Crown Hall, devido ao fato de as duas terem sido construídas mais ou menos na mesma época, tendo sido o bloco de arquitetura construído um pouco mais tarde.
O desenho da residência é composto por linhas mínimas, uma linguagem de planos superpostos e a ilusão de que ela está flutuando sobre o solo. A estrutura metálica foi usada como sistema estrutural, tendo no desenho dos pilares uma característica singular da casa.
As duas residencias possuem características Le Corbusianas: a Residência de Farsworth tem bem mais semelhanças com as obras do franco-suíço que o Crown Hall, com a única diferença de os pilares não serem alto o bastante para que seja transitáve na parte de baixo da edificaçãol, como é na Villa Savoye de Le Corbusier e obter bem mais transparencia que essa.
A casa é constituída por duas lajes de concreto armado, sustentadas por oito pilares de aço. O piso é suspenso, suportado por estes pilares, como se a casa flutuasse sobre o terreno. A cobertura é uma laje como a do piso. As paredes externas da residência são de vidro e as internas de madeira. Há uma pequena varanda na entrada com uma elegante escadaria para vencer o desnível entre a varanda e o terraço que, seguindo o alinhamento, agrega mais alguns degraus até o solo.
As principais características do projeto, são a transparência (resultado do intenso uso da vedação em vidro), a fluidez dos espaços e a aparentemente inexistente conexão público-privado. Características essas que podem confundir-se facilmente com as do Crown Hall, devido ao fato de as duas terem sido construídas mais ou menos na mesma época, tendo sido o bloco de arquitetura construído um pouco mais tarde.
O desenho da residência é composto por linhas mínimas, uma linguagem de planos superpostos e a ilusão de que ela está flutuando sobre o solo. A estrutura metálica foi usada como sistema estrutural, tendo no desenho dos pilares uma característica singular da casa.
As duas residencias possuem características Le Corbusianas: a Residência de Farsworth tem bem mais semelhanças com as obras do franco-suíço que o Crown Hall, com a única diferença de os pilares não serem alto o bastante para que seja transitáve na parte de baixo da edificaçãol, como é na Villa Savoye de Le Corbusier e obter bem mais transparencia que essa.
A casa é constituída por duas lajes de concreto armado, sustentadas por oito pilares de aço. O piso é suspenso, suportado por estes pilares, como se a casa flutuasse sobre o terreno. A cobertura é uma laje como a do piso. As paredes externas da residência são de vidro e as internas de madeira. Há uma pequena varanda na entrada com uma elegante escadaria para vencer o desnível entre a varanda e o terraço que, seguindo o alinhamento, agrega mais alguns degraus até o solo.
Assinar:
Postagens (Atom)