Fundamental, o essencial, o eficaz, o útil. Essas características são indispensáveis. É típico perceber essas na arquitetura de Mies, onde na maior parte de suas obras, sua arquitetura se expressa sempre nos detalhes.
Mies conseguia sustentar a simplicidade dos ambientes e a iluminação natural proporcionada pelos vidros, mas sempre se preocupando em proteger quem estava no interior da edificação.
Os espaços envidraçados são benéficos, pois produzem uma sensação de leveza e a claridade.
Sua área interna é desprovida de colunas, assim oferecendo um grande e proveitoso espaço para professores e alunos.
Se Mies não tivesse tomado os devidos cuidados com o conforto térmico que tomou no edifício como plantar árvores nas fachadas sul e oeste para diminuir a incidência de luz no verão, restaurar e automatizar as venezianas da fachada responsáveis pela ventilação natural, recuperar o sistema de aquecimento formado por uma tubulação embutida no chão, e usá-lo também para resfriamento, trocando a água quente por água fria, recuperar as persianas que permitem maior eficiência da luz natural, diminuindo o uso de luz artificial no estúdio, substituir as luminárias e lâmpadas por peças mais eficientes, no verão poderia se considerar uma estufa, com a entrada de luz e a pouca proteção do edifício com esquadrias de vidro, permitindo o acesso do calor sem saída do mesmo e no inverno, o sistema de aquecimento se tornaria caríssimo, pois os vidros deixam o frio passar e devido ao resfriamento o mesmo fica sem condições de visibilidade.
É visível perceber a influencia que esta e outras obras de Mies van der Rohe tiveram para a arquitetura moderna.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
A Casa da Cascata ou Casa Kaufmann (nome da família de seu primeiro proprietário) é considerada uma das mais famosas casas do mundo. Está localizada na Pensilvânia, Estados Unidos .
O edifício foi desenhado em 1934 pelo arquiteto Frank Lloyd Wright, considerado o introdutor da arquitetura moderna no seu país, e construída em 1936.
A sua principal característica é o fato de ter sido erguida parcialmente sobre uma pequena queda de água, usando os elementos naturais ali encontrados (como pedras, vegetação e a própria água) como parte da composição arquitetônica. Os muros de pedra remetem as rochas do local e criam uma atmosfera protegida, quase de caverna. Diferentemente do Crown Hall que destaca-se da paisagem na qual foi construído mostrando-se artificial (por não se confundir com a paisagem) e industrial.
Assim como várias outras obras de Wright, foi construída com materiais experimentais para a época. Formando com Le Corbusier, Mies Van Der Rohe e Gropius os vanguardistas dessa nova arquitetura.
A arquitetura moderna promoveu uma revolução na iluminação, visto que, até então, os ambientes eram pouco iluminados. Exemplos da explosão de luz na arquitetura moderna são encontrados em obras tanto de Mies Van Der Rohe, no Crown que durante o dia é complemente iluminado pela luz natural (exceto em sua porção subterrânea, que se dá através de luzes artificiais), já que a edificação pode ser comparada a uma caixa de vidro. Devido a isso, um dos materiais mais utilizados em ambas as construções foi o vidro permitindo, até, um menor gasto de energia.
O edifício foi desenhado em 1934 pelo arquiteto Frank Lloyd Wright, considerado o introdutor da arquitetura moderna no seu país, e construída em 1936.
A sua principal característica é o fato de ter sido erguida parcialmente sobre uma pequena queda de água, usando os elementos naturais ali encontrados (como pedras, vegetação e a própria água) como parte da composição arquitetônica. Os muros de pedra remetem as rochas do local e criam uma atmosfera protegida, quase de caverna. Diferentemente do Crown Hall que destaca-se da paisagem na qual foi construído mostrando-se artificial (por não se confundir com a paisagem) e industrial.
Assim como várias outras obras de Wright, foi construída com materiais experimentais para a época. Formando com Le Corbusier, Mies Van Der Rohe e Gropius os vanguardistas dessa nova arquitetura.
A arquitetura moderna promoveu uma revolução na iluminação, visto que, até então, os ambientes eram pouco iluminados. Exemplos da explosão de luz na arquitetura moderna são encontrados em obras tanto de Mies Van Der Rohe, no Crown que durante o dia é complemente iluminado pela luz natural (exceto em sua porção subterrânea, que se dá através de luzes artificiais), já que a edificação pode ser comparada a uma caixa de vidro. Devido a isso, um dos materiais mais utilizados em ambas as construções foi o vidro permitindo, até, um menor gasto de energia.
CROWN HALL E A VILLA SAVOYE: COMPARAÇÃO
A Villa Savoye é uma residência projetada na França pelo arquiteto, urbanista, designer, escritor e também pintor franco-suíço Le Corbusier em 1928.
É considerada um dos maiores ícones da arquitetura moderna no século XX.
Forma, juntamente com a residência Farnsworth (de Mies van der Rohe) e a Casa da Cascata (de Frank Lloyd Wright), o trio de residências modelo que servem para representar as diversas e diferentes tendências da arquitetura moderna originadas no início do século XX.
A residência é a representação física das idéias pregadas por Le Corbusier com relação à nova arquitetura que sugeria para um século que seria marcado pela máquina, pela razão e pelo progresso.
A Villa Savoye foi construída com base na idéia de que a casa é uma máquina de morar desenvolvida pelo próprio Le Corbusier.
Elementos usados para a construção da Residência Savoye:
1-Planta Livre: através de uma estrutura independente, permite a livre locação das paredes, já que estas não exercem mais a função estrutural;
2- Fachada Livre: igual à independência da estrutura, a fachada pode ser projetada sem impedimentos;
3- Pilotis: pilares que elevam o prédio do chão, que permitem o transito por debaixo do mesmo;
4- Terraço Jardim: recuperação do espaço ocupado pela edificação, transferindo-o para cima do prédio na forma de jardim;
5. Janelas em Banda: possibilita pela fachada livre permitem uma relação desimpedida com a paisagem.
O Crown Hall, apesar de algumas semelhanças, difere-se da obra de Le Corbusier: dos cinco elementos utilizados pelo Franco-Suíço, por exemplo, o Crown Halll se enquadra em apenas três: A Planta Livre, a fachada Livre e a Janela em Banda. E é contrário aos outros dois princípios: O Crown Hall não é construído em cima de estruturas que ficam ligadas ao solo elevando, assim, o edifício para que seja possível o trânsito por baixo da edificação. Todo o prédio do Crown Hall é inteiramente firmado e ligado ao chão (com exceção da escada frontal que possui uma leve elevação).
E não possui um terraço Jardim como era proposto por Le Corbusier.
Outra grande diferença entre as obras de Mies Van Der Rohe e Le Corbusier é que enquanto o último pensava em sólidos, o primeiro amava a transparência dos espaços. A prova disso é a obra em estudo que possui paredes que são, na verdade, enormes estruturas de vidro, ou seja, completamente transparente enquanto que a Villa Savoye apesar do jogo de cheios e vazios e das janelas em banda ainda é visto como um volume sólido. Além de o Crown Hall ser uma obra bastante racional e minimalista, onde ‘less is more’ voltada sempre para as necessidades do lugar.
É considerada um dos maiores ícones da arquitetura moderna no século XX.
Forma, juntamente com a residência Farnsworth (de Mies van der Rohe) e a Casa da Cascata (de Frank Lloyd Wright), o trio de residências modelo que servem para representar as diversas e diferentes tendências da arquitetura moderna originadas no início do século XX.
A residência é a representação física das idéias pregadas por Le Corbusier com relação à nova arquitetura que sugeria para um século que seria marcado pela máquina, pela razão e pelo progresso.
A Villa Savoye foi construída com base na idéia de que a casa é uma máquina de morar desenvolvida pelo próprio Le Corbusier.
Elementos usados para a construção da Residência Savoye:
1-Planta Livre: através de uma estrutura independente, permite a livre locação das paredes, já que estas não exercem mais a função estrutural;
2- Fachada Livre: igual à independência da estrutura, a fachada pode ser projetada sem impedimentos;
3- Pilotis: pilares que elevam o prédio do chão, que permitem o transito por debaixo do mesmo;
4- Terraço Jardim: recuperação do espaço ocupado pela edificação, transferindo-o para cima do prédio na forma de jardim;
5. Janelas em Banda: possibilita pela fachada livre permitem uma relação desimpedida com a paisagem.
O Crown Hall, apesar de algumas semelhanças, difere-se da obra de Le Corbusier: dos cinco elementos utilizados pelo Franco-Suíço, por exemplo, o Crown Halll se enquadra em apenas três: A Planta Livre, a fachada Livre e a Janela em Banda. E é contrário aos outros dois princípios: O Crown Hall não é construído em cima de estruturas que ficam ligadas ao solo elevando, assim, o edifício para que seja possível o trânsito por baixo da edificação. Todo o prédio do Crown Hall é inteiramente firmado e ligado ao chão (com exceção da escada frontal que possui uma leve elevação).
E não possui um terraço Jardim como era proposto por Le Corbusier.
Outra grande diferença entre as obras de Mies Van Der Rohe e Le Corbusier é que enquanto o último pensava em sólidos, o primeiro amava a transparência dos espaços. A prova disso é a obra em estudo que possui paredes que são, na verdade, enormes estruturas de vidro, ou seja, completamente transparente enquanto que a Villa Savoye apesar do jogo de cheios e vazios e das janelas em banda ainda é visto como um volume sólido. Além de o Crown Hall ser uma obra bastante racional e minimalista, onde ‘less is more’ voltada sempre para as necessidades do lugar.
Crown Hall e a Residência Farnsworth: Comparação
Uma das casas mais famosas no mundo, a residência Farnsworth (como é conhecida, devido ao seu primeiro proprietário), também chamada por alguns como a casa de vidro de Mies van der Rohe, está localizada na cidade de Plano, Illinois, nos EUA e foi construída entre 1946 e 1951. Nela ele pôde aplicar uma série de conceitos nos quais estava trabalhando em toda a sua carreira.
As principais características do projeto, são a transparência (resultado do intenso uso da vedação em vidro), a fluidez dos espaços e a aparentemente inexistente conexão público-privado. Características essas que podem confundir-se facilmente com as do Crown Hall, devido ao fato de as duas terem sido construídas mais ou menos na mesma época, tendo sido o bloco de arquitetura construído um pouco mais tarde.
O desenho da residência é composto por linhas mínimas, uma linguagem de planos superpostos e a ilusão de que ela está flutuando sobre o solo. A estrutura metálica foi usada como sistema estrutural, tendo no desenho dos pilares uma característica singular da casa.
As duas residencias possuem características Le Corbusianas: a Residência de Farsworth tem bem mais semelhanças com as obras do franco-suíço que o Crown Hall, com a única diferença de os pilares não serem alto o bastante para que seja transitáve na parte de baixo da edificaçãol, como é na Villa Savoye de Le Corbusier e obter bem mais transparencia que essa.
A casa é constituída por duas lajes de concreto armado, sustentadas por oito pilares de aço. O piso é suspenso, suportado por estes pilares, como se a casa flutuasse sobre o terreno. A cobertura é uma laje como a do piso. As paredes externas da residência são de vidro e as internas de madeira. Há uma pequena varanda na entrada com uma elegante escadaria para vencer o desnível entre a varanda e o terraço que, seguindo o alinhamento, agrega mais alguns degraus até o solo.
As principais características do projeto, são a transparência (resultado do intenso uso da vedação em vidro), a fluidez dos espaços e a aparentemente inexistente conexão público-privado. Características essas que podem confundir-se facilmente com as do Crown Hall, devido ao fato de as duas terem sido construídas mais ou menos na mesma época, tendo sido o bloco de arquitetura construído um pouco mais tarde.
O desenho da residência é composto por linhas mínimas, uma linguagem de planos superpostos e a ilusão de que ela está flutuando sobre o solo. A estrutura metálica foi usada como sistema estrutural, tendo no desenho dos pilares uma característica singular da casa.
As duas residencias possuem características Le Corbusianas: a Residência de Farsworth tem bem mais semelhanças com as obras do franco-suíço que o Crown Hall, com a única diferença de os pilares não serem alto o bastante para que seja transitáve na parte de baixo da edificaçãol, como é na Villa Savoye de Le Corbusier e obter bem mais transparencia que essa.
A casa é constituída por duas lajes de concreto armado, sustentadas por oito pilares de aço. O piso é suspenso, suportado por estes pilares, como se a casa flutuasse sobre o terreno. A cobertura é uma laje como a do piso. As paredes externas da residência são de vidro e as internas de madeira. Há uma pequena varanda na entrada com uma elegante escadaria para vencer o desnível entre a varanda e o terraço que, seguindo o alinhamento, agrega mais alguns degraus até o solo.
A diferença entre o Crown Hall e o Pavilhão além de física é também uma diferença que engloba a situação, o momento no qual Mies Van der Rohe estava situado. O Pavilhão Alemão foi construído mais ou menos na época da Bauhaus que foi quando ele sentiu a necessidade de criar um novo estilo, como já foi dito anteriormente, que deveria ser extremamente racional . Esse processo de criação do novo estilo, porém, foi interrompido pelo movimento Nazista, por isso, Mies Van Der Rohe só conseguiu por em prática essas idéias sobre a nova arquitetura na construção da Casa Farsworth e do Crown Hall.
O Pavilhão Alemão foi construído para a Feira Internacional de Barcelona no ano de 1929. Logo após o término da feira, o Pavilhão foi destruído mas anos depois, em 1980, foi reconstruído à pedido do Próprio Mies Van Der Rohe por significar um marco na evolução da arquitetura moderna: sua geometria é depurado e inova nos materiais utilizados. É aí que podemos encontrar a primeira semelhança entre o Pavilhão Alemão e o Crown Hall pois ambos foram construídos com os mesmos materiais: mármore, aço e vidro.
O Pavilhão conta com oito pilares de aço, cujo desenho em cruz grega tornou-se célebre na arquitetura moderna, os quais sustentam a cobertura plana do edifício. Como elementos de vedação, verifica-se o uso de cortinas de vidro delimitando os espaços internos e externos e de divisórias baixas de alvenaria no interior. Assim como o Crown Hall, que é vedada por paredes-cortinas, onde o vidro é fosco na parte de baixo e transparente na parte de cima e completamente transparente na entrada.
No geral o edifício Alemão caracteriza-se pela presença de planos perpendiculares que constroem o espaço tridimensional, a partir de uma configuração volumétrica de formas depuradas, considerada simples e refinada. Que são características da arquitetura minimalista, pensamento esse que pode ser posto em prática também no bloco de arquitetura do IIT.
O Pavilhão Alemão foi construído para a Feira Internacional de Barcelona no ano de 1929. Logo após o término da feira, o Pavilhão foi destruído mas anos depois, em 1980, foi reconstruído à pedido do Próprio Mies Van Der Rohe por significar um marco na evolução da arquitetura moderna: sua geometria é depurado e inova nos materiais utilizados. É aí que podemos encontrar a primeira semelhança entre o Pavilhão Alemão e o Crown Hall pois ambos foram construídos com os mesmos materiais: mármore, aço e vidro.
O Pavilhão conta com oito pilares de aço, cujo desenho em cruz grega tornou-se célebre na arquitetura moderna, os quais sustentam a cobertura plana do edifício. Como elementos de vedação, verifica-se o uso de cortinas de vidro delimitando os espaços internos e externos e de divisórias baixas de alvenaria no interior. Assim como o Crown Hall, que é vedada por paredes-cortinas, onde o vidro é fosco na parte de baixo e transparente na parte de cima e completamente transparente na entrada.
No geral o edifício Alemão caracteriza-se pela presença de planos perpendiculares que constroem o espaço tridimensional, a partir de uma configuração volumétrica de formas depuradas, considerada simples e refinada. Que são características da arquitetura minimalista, pensamento esse que pode ser posto em prática também no bloco de arquitetura do IIT.
terça-feira, 18 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
O CRAWN HALL: DESCRIÇÃO.
Mies costumava dizer que pretendia fazer: "o todo, de alto abaixo, com a mesma idéia". Seu projeto para o Crown Hall, uma caixa de aço e vidro suspendida por vigas transversais, sintetiza o conceito com sua austeridade geométrica e sintaxe homogênea elevadas a tal grau que o prédio se reduz a um vazio contido pela pele periférica.
Há uma enorme sala sem pilares interno e inteiramente transparente, envidraçada oferece um amplo espaço para alunos e professores da escola de arquitetura e projeto. O centro da sala é preenchido por trabalhos feitos pelos alunos.
A construção é fechada por paredes-cortinas, de vidro fosco na parte inferior, com exceção da entrada. Há uma grande escada metálica externa, revestida de travertino, que dá acesso a um patamar de entrada, situado 6 pés acima do nível do terreno.
Há uma enorme sala sem pilares interno e inteiramente transparente, envidraçada oferece um amplo espaço para alunos e professores da escola de arquitetura e projeto. O centro da sala é preenchido por trabalhos feitos pelos alunos.
A construção é fechada por paredes-cortinas, de vidro fosco na parte inferior, com exceção da entrada. Há uma grande escada metálica externa, revestida de travertino, que dá acesso a um patamar de entrada, situado 6 pés acima do nível do terreno.
O CRAWN HALL: CONTRUÇÃO, SIGNIFICADO E REFERENCIAS.
O Crown Hall foi o último dos 19 edifícios do Campus construído por Mies Van Der Rohe para O Instituto de Tecnologia de Illinois, em Chicago.
O projeto do Campus teve início em 1940 e o Crown Hall, que era o Departamento de Arquitetura e Design do Instituto de Construção, foi posto em prática em 1950 e finalizado no ano de 1956.
A obra é significativa por ser um marco histórico nacional e um marco da cidade de Chicago antes da viragem de cinqüenta anos, além de ser um marco na arquitetura moderna por seguir os conceitos de industrialização arquitetônica já defendidos por Mies Van.
“A caixa” é a tradução da arquitetura que opta pela pureza geométrica e busca a ordem na matemática. Rigorosamente abstrata, e criada para diferenciar-se do natural, mostrando-se orgulhosamente artificial. Uma arquitetura que quer ser clássica, cujas proporções são determinadas por fórmulas precisas como a seção áurea presente tanto nos templos gregos quanto nas obras de Le Corbusier.
Sua origem provável pode ser detectada no começo do século, com o movimento De Stijl (movimento estético-social-filosófico, oriundo da Holanda, que teve alguma influência sobre o design e artes plásticas) que apostava nas linhas retas e nos volumes prismáticos como os verdadeiros símbolos da modernidade. Também é possível enxergar a influencia do Cubismo nessa obra.
O projeto do Campus teve início em 1940 e o Crown Hall, que era o Departamento de Arquitetura e Design do Instituto de Construção, foi posto em prática em 1950 e finalizado no ano de 1956.
A obra é significativa por ser um marco histórico nacional e um marco da cidade de Chicago antes da viragem de cinqüenta anos, além de ser um marco na arquitetura moderna por seguir os conceitos de industrialização arquitetônica já defendidos por Mies Van.
“A caixa” é a tradução da arquitetura que opta pela pureza geométrica e busca a ordem na matemática. Rigorosamente abstrata, e criada para diferenciar-se do natural, mostrando-se orgulhosamente artificial. Uma arquitetura que quer ser clássica, cujas proporções são determinadas por fórmulas precisas como a seção áurea presente tanto nos templos gregos quanto nas obras de Le Corbusier.
Sua origem provável pode ser detectada no começo do século, com o movimento De Stijl (movimento estético-social-filosófico, oriundo da Holanda, que teve alguma influência sobre o design e artes plásticas) que apostava nas linhas retas e nos volumes prismáticos como os verdadeiros símbolos da modernidade. Também é possível enxergar a influencia do Cubismo nessa obra.
CONHECENDO MIES VAN DER ROHE - PARTE 05: A ALEMANHA NAZISTA, A REJEIÇÃO, A AMÉRICA E A LIBERDADE PARA PROJETAR.
A arquitetura de Mies foi igualmente rejeitada por não representar o espírito nacionalista alemão. Após 30 anos de prática na Alemanha, devido à rejeição, Mies abandonou a sua Pátria em 1937 e chegou aos Estados Unidos onde já era considerado um pioneiro da arquitetura moderna pelos promotores americanos do Estilo Internacional. É nesse país que ele encontra todas as condições necessárias para promover de fato suas experiências e formar uma arquitetura mais industrializada. No entanto, alguns críticos apontam este momento da obra de Mies como um desvirtuamento do projeto social-democrata em curso nos anos da Bauhaus.
Pouco depois de projetar um complexo residencial no Wyoming, recebeu uma oferta para dirigir a escola de arquitetura do Chicago's Armour Institute of Technology, mais tarde renomeado como Illinois Institute of Technology - IIT ("Instituto de Tecnologia de Illinois"). Uma das condições para a aceitação do cargo consistia em que o projeto para os novos edifícios do campus universitário lhe fosse adjudicado. Alguns dos seus edifícios mais afamados situam-se aí, incluindo o Crown Hall, sede do Departamento de Arquitetura do IIT. Lecionando aí, Mies torna-se também responsável pela gênese de toda uma geração de arquitetos norte-americanos funcionalistas, especialmente voltados para a construção dos arranha-céus.
Em 1944, tornou-se cidadão dos Estados Unidos da América, rompendo formalmente os laços com a Alemanha.
Os trinta anos de carreira que se seguiriam são considerados os anos da sua maturidade criativa, sendo o período em que desenvolveu esforços mais consistentes na execução de seus objetivos para a nova arquitetura do século XX.
**fontes utilizadas sobre a biografia de Mies Van Der Rohe:
1- http://pt.wikipedia.org/wiki/Mies_van_der_rohe
2- http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,1683-biografia-9,00.jhtm
Pouco depois de projetar um complexo residencial no Wyoming, recebeu uma oferta para dirigir a escola de arquitetura do Chicago's Armour Institute of Technology, mais tarde renomeado como Illinois Institute of Technology - IIT ("Instituto de Tecnologia de Illinois"). Uma das condições para a aceitação do cargo consistia em que o projeto para os novos edifícios do campus universitário lhe fosse adjudicado. Alguns dos seus edifícios mais afamados situam-se aí, incluindo o Crown Hall, sede do Departamento de Arquitetura do IIT. Lecionando aí, Mies torna-se também responsável pela gênese de toda uma geração de arquitetos norte-americanos funcionalistas, especialmente voltados para a construção dos arranha-céus.
Em 1944, tornou-se cidadão dos Estados Unidos da América, rompendo formalmente os laços com a Alemanha.
Os trinta anos de carreira que se seguiriam são considerados os anos da sua maturidade criativa, sendo o período em que desenvolveu esforços mais consistentes na execução de seus objetivos para a nova arquitetura do século XX.
**fontes utilizadas sobre a biografia de Mies Van Der Rohe:
1- http://pt.wikipedia.org/wiki/Mies_van_der_rohe
2- http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,1683-biografia-9,00.jhtm
CONHECENDO MIES VAN DER ROHE - PARTE 04: A BAUHAUS: O PAVILHÃO ALEMÃO DA FEIRA UNIVERSAL DE BARCELONA E A BUSCA POR UM NOVO ESTILO PARA A ÉPOCA.
O projeto mais famoso de Mies Van Der Rohe, o Pavilhão Alemão da Feira Universal de Barcelona, pertence justamente a esse período. Possuía uma estrutura bastante leve, sustentada por delgados pilares metálicos e constituída essencialmente de planos verticais e horizontais. Após a exposição o pavilhão foi demolido, mas sua importância foi tal que voltou a ser construído na década de 1990, como homenagem ao arquiteto e como símbolo do modernismo.
Mies começou, então, a sentir a necessidade de criar um estilo que correspondesse e representasse a época que estava por iniciar, assim como o estilo gótico representava a Idade média. Tal estilo deveria ser guiado por um processo criativo assente em pressupostos racionais. Contudo, tal demanda viria a ser interrompida pela depressão econômica e pela tomada do poder pelos Nazistas, a partir de 1933.
Mies foi, na década de 1930, a pedido de Gropius e por um breve período de tempo (até 1933), o último Diretor da Bauhaus. A escola, financiada pelo governo, foi forçada a fechar as portas devido a pressões políticas do partido Nazista que a identificava com ideologias antagônicas como o socialismo e o comunismo.
CONHECENDO MIES VAN DER ROHE - PARTE 03: A BAUHAUS: NOVAS TECNOLOGIAS INDUSTRIAIS.
Mies foi convidado a lecionar na escola vanguardista de arquitetura Bauhaus, fundada pelo seu colega - e crítico - Walter Gropius. São desse período algumas peças de mobília modernista, onde aplica novas tecnologias industriais, que se tornaram particularmente populares até os dias de hoje, como a Cadeira Barcelona (e mesa) ou a Cadeira Brno.
CONHECENDO MIES VAN DER ROHE - PARTE 02: PÓS 2ª GUERRA MUNDIAL, O PENSAMENTO ANTI-ORNAMENTAÇÃO E O RECONHECIMENTO.
Após a 2ª Guerra Mundial o seu estio começa a patentear influências como o Expressionismo, o Suprematismo, o Construtivismo russo (construções escultóricas e eficientes, usando materiais industriais modernos). Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais representativos da era industrial, como o aço e o vidro, definindo espaços austeros mas que transmitem uma determinada concepção de elegância e cosmopolitismo. Foi também influenciado por Frank Lloyd Wright, com os espaços fluidos próprios do estilo presente nas Casas da Pradaria.
Em 1921, projetava um impressionante arranha-céu de vidro e metal, visto que abandonara a dependência de qualquer ornamentação, seguindo-se uma série de projetos pioneiros que culminariam no Pavilhão Alemão de Barcelona, estrutura temporária para a exposição de 1929 (reconstruído atualmente na sua localização original), e na Villa Tugendhat, em Brno, terminada em 1930, onde utilizou superfícies de cimento armado. Seu ideal estético incluía também o uso de materiais nobres como mármore travertino, ônix ou aço cromado.
Participou, em julho de 1923, do primeiro número da Revista G (abreviação de Gestaltung), onde se revelou menos ligado aos princípios expressionistas e mais voltado para a objetividade construtiva. Ganhou destaque no universo da arquitetura ao ser convidado pela Deutscher Werkbund (Federação Alemã do Trabalho) para planear o complexo habitacional modernista Deutsche Werkbund Weissenhofsiedlung, em Estugarda, além de um grupo de edifícios residenciais na colina de Weissenhof, para uma exibição aberta ao público durante o verão de 1927. Seus prédios de apartamentos abriram caminho, do ponto de vista construtivo e urbanístico, para obras posteriores tais como os Promontory Apartments de Chicago (1951); os Lake Shore Drive Apartments (1951); os Batery Park Apartments de Nova York (1957 a 1958) e o Seagram Building de Nova York (1956 a 1959).
Em 1921, projetava um impressionante arranha-céu de vidro e metal, visto que abandonara a dependência de qualquer ornamentação, seguindo-se uma série de projetos pioneiros que culminariam no Pavilhão Alemão de Barcelona, estrutura temporária para a exposição de 1929 (reconstruído atualmente na sua localização original), e na Villa Tugendhat, em Brno, terminada em 1930, onde utilizou superfícies de cimento armado. Seu ideal estético incluía também o uso de materiais nobres como mármore travertino, ônix ou aço cromado.
Participou, em julho de 1923, do primeiro número da Revista G (abreviação de Gestaltung), onde se revelou menos ligado aos princípios expressionistas e mais voltado para a objetividade construtiva. Ganhou destaque no universo da arquitetura ao ser convidado pela Deutscher Werkbund (Federação Alemã do Trabalho) para planear o complexo habitacional modernista Deutsche Werkbund Weissenhofsiedlung, em Estugarda, além de um grupo de edifícios residenciais na colina de Weissenhof, para uma exibição aberta ao público durante o verão de 1927. Seus prédios de apartamentos abriram caminho, do ponto de vista construtivo e urbanístico, para obras posteriores tais como os Promontory Apartments de Chicago (1951); os Lake Shore Drive Apartments (1951); os Batery Park Apartments de Nova York (1957 a 1958) e o Seagram Building de Nova York (1956 a 1959).
CONHECENDO MIES VAN DER ROHE - PARTE 01: DO COMEÇO DA CARREIRA À 2ª GUERRA MUNDIAL.
Ludwig Mies van der Rohe, nascido Maria Ludwig Michael Mies, em 27 de Março em Aachen, Alemanha, no ano de 1886, foi um arquiteto alemão naturalizado americano, considerado um dos principais nomes da arquitetura do século XX, juntamente com Walter Gropius, Le Corbusier e Frank Lloyd Wright.
Antes de se mudar para Berlim e trabalhar com o Designer de interiores Bruno Paul, trabalhou na empresa de cantaria do seu pai. Em 1908 ingressou no estúdio do proto-modernista Peter Behrens, do qual se tornou discípulo. Aí permaneceu até 1912, conhecendo, assim, as teorias de design em voga e com a cultura alemã progressista. Mesmo antes de ter graduação acadêmica formal, seu talento foi rapidamente reconhecido e já recebia encomendas. Com uma presença física impressionante e com modos reticentes e ponderados, Ludwig Mies decidiu reformular o seu próprio nome de modo a adequar-se à rápida mudança de estatuto, de filho de um comerciante para arquiteto reconhecido pela elite cultural berlinense, acrescentando o sobrenome, de ressonância aristocrática, "van der Rohe".
No começo de sua carreira profissional, ele projetava casas para clientes da alta sociedade e demonstrava influencias do neoclassicismo prussiano do começo do século XIX. Mies Van admirava as grandes proporções e os volumes simples e cúbicos e limitava, ao mesmo tempo, as novas possibilidades estruturais decorrentes do avanço tecnológico e se libertava dos tiques ecléticos e desordenados do classicismo, próprios do virar do século.
Antes de se mudar para Berlim e trabalhar com o Designer de interiores Bruno Paul, trabalhou na empresa de cantaria do seu pai. Em 1908 ingressou no estúdio do proto-modernista Peter Behrens, do qual se tornou discípulo. Aí permaneceu até 1912, conhecendo, assim, as teorias de design em voga e com a cultura alemã progressista. Mesmo antes de ter graduação acadêmica formal, seu talento foi rapidamente reconhecido e já recebia encomendas. Com uma presença física impressionante e com modos reticentes e ponderados, Ludwig Mies decidiu reformular o seu próprio nome de modo a adequar-se à rápida mudança de estatuto, de filho de um comerciante para arquiteto reconhecido pela elite cultural berlinense, acrescentando o sobrenome, de ressonância aristocrática, "van der Rohe".
No começo de sua carreira profissional, ele projetava casas para clientes da alta sociedade e demonstrava influencias do neoclassicismo prussiano do começo do século XIX. Mies Van admirava as grandes proporções e os volumes simples e cúbicos e limitava, ao mesmo tempo, as novas possibilidades estruturais decorrentes do avanço tecnológico e se libertava dos tiques ecléticos e desordenados do classicismo, próprios do virar do século.
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